A ação analgésica é a capacidade de uma substância ou tratamento de aliviar ou suprimir a dor. Um analgésico não trata a causa da dor, mas sim a percepção que o corpo tem dela.
Como funciona?
A dor é um sinal complexo enviado ao cérebro por nervos sensoriais. A ação analgésica pode ocorrer de diversas maneiras, dependendo do tipo de analgésico. Os principais mecanismos são:
Bloqueio de Sinais de Dor: Alguns analgésicos, como os anestésicos locais, impedem que os nervos transmitam os sinais de dor ao cérebro.
Redução da Inflamação: Analgésicos anti-inflamatórios, como o ibuprofeno, agem inibindo a produção de substâncias químicas (prostaglandinas) que causam inflamação e sensibilizam os nervos.
Interferência com a Percepção da Dor no Cérebro: Opioides, como a morfina, atuam diretamente no sistema nervoso central. Eles se ligam a receptores específicos no cérebro e na medula espinhal, alterando a percepção da dor e liberando substâncias que promovem bem-estar.
Tipos de Analgésicos
Existem diferentes classes de analgésicos, cada uma com sua própria potência e aplicação:
Analgésicos Não-Opioides (Simples):
AINEs (Anti-inflamatórios não esteroides): Ibuprofeno, naproxeno. São eficazes para dores leves a moderadas, como dores de cabeça, dores musculares e cólicas menstruais.
Paracetamol (Acetaminofeno): Eficaz para dores e febre, mas não possui ação anti-inflamatória significativa.
Analgésicos Opioides:
Opioides Fracos: Codeína, tramadol. Usados para dores moderadas.
Opioides Fortes: Morfina, fentanil, oxicodona. São os mais potentes e reservados para dores intensas, como as de câncer ou após cirurgias.
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Antidepressivos e Anticonvulsivantes: Usados para tratar dores crônicas ou neuropáticas (dor causada por danos nos nervos), como fibromialgia ou dor ciática. Eles modulam os sinais nervosos, não apenas a inflamação.
É importante ressaltar que o uso de analgésicos, especialmente os mais fortes, deve ser sempre acompanhado por um profissional de saúde, pois podem causar efeitos colaterais e dependência.



