A frutose é um tipo de açúcar simples (monossacarídeo), encontrado naturalmente em frutas, vegetais e mel. Ela é conhecida como o "açúcar da fruta" e, junto com a glicose, forma a sacarose, o açúcar de mesa comum.
Embora a frutose seja uma fonte de energia, a forma como o corpo a metaboliza é diferente da glicose, o que tem gerado bastante debate na comunidade científica e nutricional, especialmente em relação ao consumo excessivo de produtos com xarope de milho rico em frutose.
Como a Frutose é Metabolizada?
A frutose é absorvida no intestino delgado, mas, ao contrário da glicose, que pode ser utilizada como energia por quase todas as células do corpo, a frutose é metabolizada quase que exclusivamente pelo fígado.
Quando consumimos pequenas quantidades de frutose, como as encontradas em frutas inteiras, o fígado consegue processá-la sem problemas e a utiliza para gerar energia ou armazená-la como glicogênio.
No entanto, quando há um consumo excessivo de frutose de forma rápida (como o que acontece com refrigerantes, doces e sucos industrializados), o fígado pode ser sobrecarregado. O excesso de frutose não pode ser totalmente convertido em glicogênio e, em vez disso, é transformado em gordura (triglicerídeos) no fígado.
Frutose de Fontes Naturais vs. Industrializadas
É crucial diferenciar a frutose de fontes naturais (frutas) da frutose de produtos industrializados.
Frutas: A frutose nas frutas é acompanhada de fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes. A fibra retarda a digestão e a absorção do açúcar, o que evita picos de glicemia e glicose no sangue, além de contribuir para a saciedade.
Alimentos Processados: O xarope de milho com alto teor de frutose é um adoçante comum em refrigerantes, sucos, doces e biscoitos. Ele não tem fibras ou nutrientes, o que significa que a frutose é absorvida rapidamente e em grandes quantidades, colocando um fardo metabólico no fígado.
Efeitos do Excesso de Frutose
O consumo excessivo de frutose, principalmente de fontes industrializadas, está associado a vários problemas de saúde a longo prazo:
Acúmulo de gordura no fígado: Pode levar à esteatose hepática não alcoólica (gordura no fígado).
Aumento de triglicerídeos: Contribui para um maior risco de doenças cardiovasculares.
Resistência à insulina: O fígado pode se tornar menos sensível à insulina.
Ganho de peso: Embora não afete a glicose, o consumo de frutose em excesso contribui para o aumento de peso e obesidade.
Em resumo, a frutose proveniente de frutas inteiras é benéfica e segura, devido à presença de fibras e outros nutrientes. No entanto, o consumo excessivo de frutose de fontes industrializadas deve ser evitado, pois pode ter efeitos negativos na saúde metabólica.



